sábado, 31 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
Qual o poder da imagem nas sociedades humanas?
Cristo com Globo Terrestre, de Caspar Vopel, 1537.
Como podemos interpretar esta imagem ou o que esta imagem significa?
O seu significado teria alguma importância para a nossa sociedade? Qual seria?
Escreva sua resposta para produzirmos, em seguida, um novo entendimento sobre a importância das imagens no humano, este ser simbólico, construtor de sinais e signos.
Valeu prof. Silvia
Hominídeos tinham harém.
Matéria publicada na BBCBrasil
O hominídeo - que tem um antepassado comum com o homem moderno, mas acabou evoluindo por um caminho evolucionário que acabou extinto - também apresentava diferença de tamanho entre os machos e fêmeas, com os machos continuando a crescer por muito mais tempo do que as fêmeas.
Segundo os autores do estudo, a diferença de tamanho entre machos e fêmeas dá as pistas sobre o comportamento sexual da espécie – essa diferença, conhecida como dimorfismo sexual, é associada no reino animal a uma estrutura em que um macho dominante rege um grupo de fêmeas, enquanto os machos menores, ainda não totalmente desenvolvidos, têm menos chances de se reproduzir.
O estudo partiu da análise dos fósseis de 35 crânios, encontrados na África do Sul. A maioria deles era de machos e os hominídeos, provavelmente, foram mortos por predadores, como leões e hienas.
“Esta é a principal pista (sobre o comportamento sexual da espécie), porque nos mostra que os machos sofriam maior risco de morrer pela ação de predadores” ”, disse Charles Lockwood, da University College of London, que liderou a pesquisa.
Pistas
Segundo os cientistas, este alto risco é visto em grupos onde um macho dominante acaba com a competição de outros machos.
“Quando examinamos os fósseis de 1,5 a 2 milhões de anos atrás, nós descobrimos que em um de nossos parentes próximos, os machos continuavam a crescer até a idade adulta, como os gorilas", disse Lockwood.
“Isso resultou em uma diferença de tamanho entre machos e fêmeas muito maior do que a gente vê hoje. É senso comum que os meninos amadurecem mais tarde do que as meninas, mas nos humanos essa diferença é bem menos marcada do que em alguns primatas”.
Os machos continuavam a crescer até depois que fêmeas da mesma idade já estavam se reproduzindo.
“Nossa pesquisa nos faz pensar que, nessa espécie, um macho mais velho era, provavelmente, o dominante em um bando de fêmeas. Essa situação era arriscada para os machos, e eles sofreram mais com os predadores por conta dessa estrutura social e padrão de crescimento.”
Os cientistas acreditam que os machos jovens, ainda não maduros o suficiente para dominar seu próprio bando de fêmeas, vagavam sozinhos ou em pequenos grupos, estando mais expostos aos predadores.
"Basicamente, os machos tinham um estilo de vida de alto risco. Eles provavelmente deixavam seus grupos de nascimento quando alcançavam a maturidade, mas esperavam um bom tempo até ser maduros o suficiente para atrair fêmeas e estabelecer um novo grupo. Alguns eram mortos por predadores antes de conseguir isso."
O hominídeo - que tem um antepassado comum com o homem moderno, mas acabou evoluindo por um caminho evolucionário que acabou extinto - também apresentava diferença de tamanho entre os machos e fêmeas, com os machos continuando a crescer por muito mais tempo do que as fêmeas.
Segundo os autores do estudo, a diferença de tamanho entre machos e fêmeas dá as pistas sobre o comportamento sexual da espécie – essa diferença, conhecida como dimorfismo sexual, é associada no reino animal a uma estrutura em que um macho dominante rege um grupo de fêmeas, enquanto os machos menores, ainda não totalmente desenvolvidos, têm menos chances de se reproduzir.
O estudo partiu da análise dos fósseis de 35 crânios, encontrados na África do Sul. A maioria deles era de machos e os hominídeos, provavelmente, foram mortos por predadores, como leões e hienas.
“Esta é a principal pista (sobre o comportamento sexual da espécie), porque nos mostra que os machos sofriam maior risco de morrer pela ação de predadores” ”, disse Charles Lockwood, da University College of London, que liderou a pesquisa.
Pistas
Segundo os cientistas, este alto risco é visto em grupos onde um macho dominante acaba com a competição de outros machos.
“Quando examinamos os fósseis de 1,5 a 2 milhões de anos atrás, nós descobrimos que em um de nossos parentes próximos, os machos continuavam a crescer até a idade adulta, como os gorilas", disse Lockwood.
“Isso resultou em uma diferença de tamanho entre machos e fêmeas muito maior do que a gente vê hoje. É senso comum que os meninos amadurecem mais tarde do que as meninas, mas nos humanos essa diferença é bem menos marcada do que em alguns primatas”.
Os machos continuavam a crescer até depois que fêmeas da mesma idade já estavam se reproduzindo.
“Nossa pesquisa nos faz pensar que, nessa espécie, um macho mais velho era, provavelmente, o dominante em um bando de fêmeas. Essa situação era arriscada para os machos, e eles sofreram mais com os predadores por conta dessa estrutura social e padrão de crescimento.”
Os cientistas acreditam que os machos jovens, ainda não maduros o suficiente para dominar seu próprio bando de fêmeas, vagavam sozinhos ou em pequenos grupos, estando mais expostos aos predadores.
"Basicamente, os machos tinham um estilo de vida de alto risco. Eles provavelmente deixavam seus grupos de nascimento quando alcançavam a maturidade, mas esperavam um bom tempo até ser maduros o suficiente para atrair fêmeas e estabelecer um novo grupo. Alguns eram mortos por predadores antes de conseguir isso."
domingo, 18 de janeiro de 2009
Esquizofrenia
Do grego Skizó que significa divisão, cisma, fenda e Phrenós significando inteligência, pensamento, alma. O termo é usado para indicar a presença de uma cisão entre pensamento, emoção e comportamento.
É hoje compreendida como um grupo de transtornos com causas heterogêneas. Uma síndrome.
Maior incidência entre classes economicamente desfavorecidas, ligeira diferença a mais para homens iniciando o processo nestes antes do que nas mulheres. Incidência comparável em qualquer sociedade 0,5 a 5 em cada 10mil pessoas ano.
É hoje compreendida como um grupo de transtornos com causas heterogêneas. Uma síndrome.
Maior incidência entre classes economicamente desfavorecidas, ligeira diferença a mais para homens iniciando o processo nestes antes do que nas mulheres. Incidência comparável em qualquer sociedade 0,5 a 5 em cada 10mil pessoas ano.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Bacia do Homo erectus permitiu bebês inteligentes
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/11/081114_pelvisciencia.shtml
BBCBrasil.com | Reporter BBC | Bacia do Homo erectus 'permitiu bebês inteligentes'
BBCBrasil.com | Reporter BBC | Bacia do Homo erectus 'permitiu bebês inteligentes'
Os programas de televisão que usam a violência influenciam o comportamento das pessoas?
Estudo da Universidade de Michigan. Entre 1977 a 1979 entrevistaram 557 crianças entre 6 e 10 anos. Quinze anos depois foram contatadas 329 delas. O resultado da pesquisa mostrou que as crianças que tiveram maior exposição a cenas de violência tornaram-se mais agressivas. Segundo os pesquisadores "os programas passam a mensagem de que atos violentos são justificáveis e até apropriados em certas situações. É isso o que acontece quando um herói é recompensado ao vencer o bandido com tiros, socos e pontapés."
Essa pesquisa mapeia pessoas que eram crianças em 1977. Hoje a programação está bem mais agressiva. Temos éguinha pocotó, pegadinhas, e muito produto infantil enfeitados pelos personagens e heróis da programação infantil.
Outra informação interessante para pensar as relações entre mídia e comportamento. Saibam que 19% da audiência das telenovelas é infantil. Nelas, os valores transmitidos e cultuados são feliz, sarado e bonito.
É essa a sociedade que queremos viver?
Silvia
Essa pesquisa mapeia pessoas que eram crianças em 1977. Hoje a programação está bem mais agressiva. Temos éguinha pocotó, pegadinhas, e muito produto infantil enfeitados pelos personagens e heróis da programação infantil.
Outra informação interessante para pensar as relações entre mídia e comportamento. Saibam que 19% da audiência das telenovelas é infantil. Nelas, os valores transmitidos e cultuados são feliz, sarado e bonito.
É essa a sociedade que queremos viver?
Silvia
Estupro é natural? O que isso quer dizer?
http://veja.abril.com.br/150300/p_152.html
A pesquisa nos faz questionar os conceitos que trazemos de cultura, geralmente dissociada da sua constituinte dimensão biológica.
A pesquisa nos faz questionar os conceitos que trazemos de cultura, geralmente dissociada da sua constituinte dimensão biológica.
Infância roubada, texto da aluna Adriana da Eja Lagoa 2007
COMO COMBATER A VIOLÊNCIA INFANTIL?
Embora a forma mais evidente seja a física existem diversas outras formas. Como a negligência,viol psicológica, abuso sexual, exploração sexual, exploração de trabalho. O medo e a vergonha são as principais causas do silêcio e da não denúncia por parte dos pais e das próprias crianças. No caso do agressor ser um cônjuge , parente, empregador, policial ou um líder comunitário são fatores que ajudam a camuflar o problema. A violência na primeira infância ( até os seis anos de idade) deve ser combatida desde a gravidez, quando o neném ainda está na barriga da mãe. Desde a barriga da mãe o bebê já tem sentimentos e os cuidados devem ser mantido sempre. Segundo os dados que obtive, de 1996 a 2004 foram registrados mais de 110 mil casos de violência doméstica no PAÍS.( violência domésticas contra idosos e mulheres também.) Os dados aparecem nas classes média e baixa. A classe média alta e a classe alta encontram uma forma de resolver ou camuflar o problema sem envolver a polica. Apesar de hoje termos mais denúncias, estima-se que elas represetam apenas 10%dos casos e os outros 90% ficam escondidos.São estes os que deixam marcas profundas em nossas crianças.De cada oito criança que sofreram algum tipo de violência na infância uma se tornará um adulto violento e perpetuará essa crueldade. As modalidades de violências que nossas crianças estão mais sujeitas: 1 NEGLIGÊNCIA (44,8 MIL casos), 2 V.FÍSICA (36,4 MIL casos ) ,3 PSICOLÓGICA (17,1MIL casos) ,4 ABUSO SEXUAL (11,2 MIL casos). Em todo o mundo ,218 milhões de crianças são isadas como mão de obra. Segundo Associação Brasileira de Proteção a Infância, 49% dos casos de abuso sexual são meninos e meninas de 2 a 5 anos de idade. Enquanto isso as adolescentes representam as principais vítimas da exploração sexual comercial elas representam 80% dos casos. A alguns anos atrás o índice de estrupo era de cinqüenta meninas violentadas para um menino, hoje em dia o índice é de um para um.
Na maioria ( 70 % dos casos ) os agressores são os próprios pais.
O Brasil é apontado em primeiro lugar no ranking mundial de pedofília pela internet. Adultos que sofreram algum tipo de violência na infância , geralmente tem dificuldade em manter casamentos, tornan-se dependentes químicos e pessoas com tendencia a ter depressão.
E não confiam mais em ninguem.
Não entendo, as pessoas só ficam indignadas quando se é falado em abuso sexual . Como se negligência,agresão física , psicológica e exploração de trabalho não fosse nada. Como se não deixasse marcas profundas . Tão profundas que as vezes nem mesmo o tempo pode apagar.
Embora a forma mais evidente seja a física existem diversas outras formas. Como a negligência,viol psicológica, abuso sexual, exploração sexual, exploração de trabalho. O medo e a vergonha são as principais causas do silêcio e da não denúncia por parte dos pais e das próprias crianças. No caso do agressor ser um cônjuge , parente, empregador, policial ou um líder comunitário são fatores que ajudam a camuflar o problema. A violência na primeira infância ( até os seis anos de idade) deve ser combatida desde a gravidez, quando o neném ainda está na barriga da mãe. Desde a barriga da mãe o bebê já tem sentimentos e os cuidados devem ser mantido sempre. Segundo os dados que obtive, de 1996 a 2004 foram registrados mais de 110 mil casos de violência doméstica no PAÍS.( violência domésticas contra idosos e mulheres também.) Os dados aparecem nas classes média e baixa. A classe média alta e a classe alta encontram uma forma de resolver ou camuflar o problema sem envolver a polica. Apesar de hoje termos mais denúncias, estima-se que elas represetam apenas 10%dos casos e os outros 90% ficam escondidos.São estes os que deixam marcas profundas em nossas crianças.De cada oito criança que sofreram algum tipo de violência na infância uma se tornará um adulto violento e perpetuará essa crueldade. As modalidades de violências que nossas crianças estão mais sujeitas: 1 NEGLIGÊNCIA (44,8 MIL casos), 2 V.FÍSICA (36,4 MIL casos ) ,3 PSICOLÓGICA (17,1MIL casos) ,4 ABUSO SEXUAL (11,2 MIL casos). Em todo o mundo ,218 milhões de crianças são isadas como mão de obra. Segundo Associação Brasileira de Proteção a Infância, 49% dos casos de abuso sexual são meninos e meninas de 2 a 5 anos de idade. Enquanto isso as adolescentes representam as principais vítimas da exploração sexual comercial elas representam 80% dos casos. A alguns anos atrás o índice de estrupo era de cinqüenta meninas violentadas para um menino, hoje em dia o índice é de um para um.
Na maioria ( 70 % dos casos ) os agressores são os próprios pais.
O Brasil é apontado em primeiro lugar no ranking mundial de pedofília pela internet. Adultos que sofreram algum tipo de violência na infância , geralmente tem dificuldade em manter casamentos, tornan-se dependentes químicos e pessoas com tendencia a ter depressão.
E não confiam mais em ninguem.
Não entendo, as pessoas só ficam indignadas quando se é falado em abuso sexual . Como se negligência,agresão física , psicológica e exploração de trabalho não fosse nada. Como se não deixasse marcas profundas . Tão profundas que as vezes nem mesmo o tempo pode apagar.
Este
Psicologia Transpessoal
Resumão do texto A psicologia transpessoal de Carlos Antonio Fragoso Guimarães:
1- Entre as várias ramificações da Psicologia (clínica, da educação, das organizações, jurídica,) existem diversas abordagens, ou maneiras diferentes de explicar a ação humana com base em determinados pontos de vistas diferentes, maneiras de interpretar o ser humano que constituem as escolas baseadas em Teorias da Personalidade: comportamentalista, psicanalista, humanista, etc. Estas diferentes abordagens não mais são vistas como conflitantes são agora vistas como complementares entre si.
Metáfora do espectro do arco-íris ilustra a nova visão da psicologia. O arco-íris, apesar de dividir-se em 7 cores é quase impossível determinar onde começa uma e termina a outra. Uma vai se transformando paulatinamente em outra. Apesar de diferentes estão juntas em um mesmo todo: o todo constitui o arco-íris..
Da mesma forma, as diferentes abordagens psicoterápicas, embora se atenham a uma determinada característica essencial do ser humano, formam, em seu conjunto, um espectro de “cores” que constituem diferentes estados, ou etapas, ou níveis de consciência. Em se estando em um determinado nível ou estado de consciência, tem-se a tendência de explicar tudo a partir daquela determinada “cor”, o que hoje sabemos ser algo bastante limitador da realidade.
2. A compreensão da consciência como um "espectro" é formulada pela Psicologia Transpessoal, ou Psicologia dos Estados de Consciência. Transpessoal significa estar além dos limites do pessoal, que refere-se a uma pequena parte do que chamamos de nossa consciência "consciente", ou o ego.
3. A abordagem transpessoal da psicologia estuda as possibilidades psíquicas (mentais, emocionais, intuitivas, somato-sensoriais) do ser humano pelos diferentes estados ou graus de consciência pelos quais a pessoa passa (dormindo é diferente de acordado, diferente de resolvendo um problema matemático, assistindo um filme, de outros ainda desconhecidos)sabendo que em cada estado de consciencia é experimentada uma forma diferente de se perceber ou interpretar a realidade ( percebemos e interpretamos a realidade apaixonados de forma diferente de quando estamos com raiva ou frustrados). A psicologia Transpessoal volta-se para o estudo destes diversos estados, não vendo-os como contrários, mas como complementares entre si, enfatizando, porém, os estados de consciência superiores, espirituais ou transpessoais,
Vejamos esta descrição, feita por Stanislav Grof, de experiências correlacionadas com o declínio de uma patologia (extraído de Fadiman & Frager, 1986, página 168,com comentários do autor da matéria):
No estado de consciência 'normal' ou usual, o indivíduo se experimenta existindo dentro dos limites de seu corpo físico (a imagem corporal), e sua percepção do meio ambiente é restringida pela extensão, fisicamente determinada, de seus órgãos de percepção externa; tanto a percepção interna quanto a percepção do meio ambiente estão confinadas dentro dos limites do espaço e do. Em experiências psicodélicas (área explorada por Grof em fins dos anos 50, na Tchecoslováquia, e nos anos 60 nos EUA) de cunho transpessoais, uma ou várias destas limitações parecem ser transcendidas (este fenômeno também se encontra, de modo esporádico, nas várias terapias psicológicas, tendo recebido nomes como "Experiências Oceânicas" em Freud, "Experiências Culminates" em Maslow, "Consciência Cósmica", em Weil, "Experiência Mística", etc). Em alguns casos, o sujeito experiencia um afrouxamento de seus limites usuais de ego e sua consciência e autopercepção parecem expandir-se para incluir e abranger outros indivíduos e elementos do mundo externo. Em outros casos, ele continua experienciando sua própria identidade, mas numa percepção de tempo diferente, num lugar diferente ou em um diferente contexto. Ainda em outros casos, o individuo pode experienciar uma completa perda de sua própria identidade egóica e uma total identificação com a consciência de uma 'outra' entidade. Finalmente, numa categoria bastante ampla destas experiências psicodélicas transpessoais (experiências arquetípicas, união com Deus, etc.), a consciência do sujeito parece abranger elementos que não têm nenhuma continuidade com a sua identidade de ego usual e que não podem ser considerados simples derivativos de suas experiências do mundo tridimensional".
São, pois, estas experiências culminantes e transumanas, bem como suas conseqüências no comportamento humano, que são o foco central da Psicologia Transpessoal.
Foi em meados da década de sessenta, durante o rápido desenvolvimento e aceitação dos pressupostos básicos da psicologia humanista, com Maslow e Rogers, que alguns psicólogos e psiquiatras começaram a discutir quais os limites e características a que seria possível chegar o potencial da consciência humana. Muitos pesquisadores achavam que a visão da psique dada pela Psicanálise e pelo Behaviorismo eram, no mínimo, bastante simplificadas e reducionistas, não explicando uma grande gama de fenômenos mentais que escapavam - e muito - do campo de alcance de tais teorias. E a Psiquiatria dava ainda menos clareza sobre uma ampla gama de estados de consciência claramente chocantes e, ao mesmo tempo, fascinantes, que não podiam se restringir unicamente à história orgânico-biográfica de alguns pacientes. Ademais, existiam pessoas de grande capacidade humana que possuíam experiências de consciência que não se enquadravam nas teorias vigentes da Psicologia. Daí a necessidade de estudar os estados não-ordinários positivos, ou “Transpessoais”, de percepção e consciência...
Eis as palavras de Maslow anunciando o desenvolvimento da Psicologia Transpessoal:
1- Entre as várias ramificações da Psicologia (clínica, da educação, das organizações, jurídica,) existem diversas abordagens, ou maneiras diferentes de explicar a ação humana com base em determinados pontos de vistas diferentes, maneiras de interpretar o ser humano que constituem as escolas baseadas em Teorias da Personalidade: comportamentalista, psicanalista, humanista, etc. Estas diferentes abordagens não mais são vistas como conflitantes são agora vistas como complementares entre si.
Metáfora do espectro do arco-íris ilustra a nova visão da psicologia. O arco-íris, apesar de dividir-se em 7 cores é quase impossível determinar onde começa uma e termina a outra. Uma vai se transformando paulatinamente em outra. Apesar de diferentes estão juntas em um mesmo todo: o todo constitui o arco-íris..
Da mesma forma, as diferentes abordagens psicoterápicas, embora se atenham a uma determinada característica essencial do ser humano, formam, em seu conjunto, um espectro de “cores” que constituem diferentes estados, ou etapas, ou níveis de consciência. Em se estando em um determinado nível ou estado de consciência, tem-se a tendência de explicar tudo a partir daquela determinada “cor”, o que hoje sabemos ser algo bastante limitador da realidade.
2. A compreensão da consciência como um "espectro" é formulada pela Psicologia Transpessoal, ou Psicologia dos Estados de Consciência. Transpessoal significa estar além dos limites do pessoal, que refere-se a uma pequena parte do que chamamos de nossa consciência "consciente", ou o ego.
3. A abordagem transpessoal da psicologia estuda as possibilidades psíquicas (mentais, emocionais, intuitivas, somato-sensoriais) do ser humano pelos diferentes estados ou graus de consciência pelos quais a pessoa passa (dormindo é diferente de acordado, diferente de resolvendo um problema matemático, assistindo um filme, de outros ainda desconhecidos)sabendo que em cada estado de consciencia é experimentada uma forma diferente de se perceber ou interpretar a realidade ( percebemos e interpretamos a realidade apaixonados de forma diferente de quando estamos com raiva ou frustrados). A psicologia Transpessoal volta-se para o estudo destes diversos estados, não vendo-os como contrários, mas como complementares entre si, enfatizando, porém, os estados de consciência superiores, espirituais ou transpessoais,
"porque em tais estados, o sentimento de separação e de egoísmo torna-se um segundo plano em relação a um sentimento e identificação mais ampla, cooperativa, fraternal, transpessoal para com todos os seres vivos (consciência crística, búdica, nirvânica, universal ou ecológica). E foram exatamente os grandes mestres, quer religiosos (Cristo, Buda, Francisco de Assis), quer científicos (Einstein, Tesla, Heisenberg), quer políticos (Gandhi, Luther King), quer artísticos (Bach, Da Vinci) que experimentaram, em graus variáveis, picos de “Consciência Cósmica” que mudaram não só suas próprias percepções da realidade, como ajudaram a outros (embora de modo diferente, pois a experiência não pode ser facilmente posta em palavras) a atingirem ao menos uma intuição desta “outra maneira de ver e sentir” o mundo, natural e humano".
Vejamos esta descrição, feita por Stanislav Grof, de experiências correlacionadas com o declínio de uma patologia (extraído de Fadiman & Frager, 1986, página 168,com comentários do autor da matéria):
No estado de consciência 'normal' ou usual, o indivíduo se experimenta existindo dentro dos limites de seu corpo físico (a imagem corporal), e sua percepção do meio ambiente é restringida pela extensão, fisicamente determinada, de seus órgãos de percepção externa; tanto a percepção interna quanto a percepção do meio ambiente estão confinadas dentro dos limites do espaço e do. Em experiências psicodélicas (área explorada por Grof em fins dos anos 50, na Tchecoslováquia, e nos anos 60 nos EUA) de cunho transpessoais, uma ou várias destas limitações parecem ser transcendidas (este fenômeno também se encontra, de modo esporádico, nas várias terapias psicológicas, tendo recebido nomes como "Experiências Oceânicas" em Freud, "Experiências Culminates" em Maslow, "Consciência Cósmica", em Weil, "Experiência Mística", etc). Em alguns casos, o sujeito experiencia um afrouxamento de seus limites usuais de ego e sua consciência e autopercepção parecem expandir-se para incluir e abranger outros indivíduos e elementos do mundo externo. Em outros casos, ele continua experienciando sua própria identidade, mas numa percepção de tempo diferente, num lugar diferente ou em um diferente contexto. Ainda em outros casos, o individuo pode experienciar uma completa perda de sua própria identidade egóica e uma total identificação com a consciência de uma 'outra' entidade. Finalmente, numa categoria bastante ampla destas experiências psicodélicas transpessoais (experiências arquetípicas, união com Deus, etc.), a consciência do sujeito parece abranger elementos que não têm nenhuma continuidade com a sua identidade de ego usual e que não podem ser considerados simples derivativos de suas experiências do mundo tridimensional".
São, pois, estas experiências culminantes e transumanas, bem como suas conseqüências no comportamento humano, que são o foco central da Psicologia Transpessoal.
Foi em meados da década de sessenta, durante o rápido desenvolvimento e aceitação dos pressupostos básicos da psicologia humanista, com Maslow e Rogers, que alguns psicólogos e psiquiatras começaram a discutir quais os limites e características a que seria possível chegar o potencial da consciência humana. Muitos pesquisadores achavam que a visão da psique dada pela Psicanálise e pelo Behaviorismo eram, no mínimo, bastante simplificadas e reducionistas, não explicando uma grande gama de fenômenos mentais que escapavam - e muito - do campo de alcance de tais teorias. E a Psiquiatria dava ainda menos clareza sobre uma ampla gama de estados de consciência claramente chocantes e, ao mesmo tempo, fascinantes, que não podiam se restringir unicamente à história orgânico-biográfica de alguns pacientes. Ademais, existiam pessoas de grande capacidade humana que possuíam experiências de consciência que não se enquadravam nas teorias vigentes da Psicologia. Daí a necessidade de estudar os estados não-ordinários positivos, ou “Transpessoais”, de percepção e consciência...
Eis as palavras de Maslow anunciando o desenvolvimento da Psicologia Transpessoal:
"Devo também dizer que considero a Psicologia Humanística, ou Terceira Força em Psicologia, apenas transitória, uma preparação para uma Quarta Força ainda "mais elevada", transpessoal, transumana, centrada mais na ecologia universal do que nas necessidades interesses restritos ao ego, indo além da identidade, da individuação e congêneres... Necessitamos de algo "maior do que somos", que seja respeitado por nós mesmos e a que nos entreguemos num novo sentido, naturalista, empírico, não-eclesiástico, talvez como Thoreau e Whitman, William James e John Dewey fizeram".
Terapia gestalt
A terapia gestalt é uma psicoterapia baseada no ideal experimental do "aqui-agora" e nas relações com os outros e o mundo. Foi co-fundada por Fritz Perls, entre 1940-1950. Embora tenha bases na psicologia da Gestalt, na fenomenologia e no existencialismo criou um caminho especifico de terapia, tendo como método e objetivo a consciência. A consciência refere-se a capacidade de aperceber-se do que se passa dentro de si e fora de si no momento presente, em nível corporal, mental e emocional.
Psicologia da Gestalt
O movimento gestáltico surgiu no período compreendido entre 1930 e 1940, e tem como expoentes máximos: Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Kôhler (1887-1967), Kurt Koffka (1886- 1.941) e Kurt Goldstein (1.878-1.965). A Psicologia da gestalt afirma que as partes nunca podem proporcionar uma real compreensão do todo. O todo é diferente da soma das partes. A psicologia acadêmica da gestalt ocupou-se predominantemente com as forças externas.
De acordo com a gestalt, a arte se funda no princípio da pregnância da forma. O importante é perceber a forma por ela mesma; vê-la como "todos" estruturados, resultados de relações.
A gestalt após sistemáticas pesquisas, apresenta uma teoria nova sobre o fenômeno da Percepção. Segundo esta teoria o que acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na retina. A excitação cerebral não se dá por pontos isolados, mas por extensão. A primeira sensação já é de forma, já é global e unificada.
O postulado da gestalt no que se refere as relações psicofisiológicas pode ser definido como: todo processo consciente, toda forma psicológicamente percebida, está estreitamente relacionada com as forças integradoras do processo fisiológico cerebral. A hipótese da gestalt para explicar a origem dessas forças integradoras, é atribuir ao sistema nervoso central, um dinamismo auto-regulador que, à procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em todos coerentes e unificados.
Essas organizações, originárias da estrutura cerebral, são espontâneas, independente da nossa vontade. Na realidade a Psicologia da Gestalt não tentou integrar os fatos da motivação com os fatos da percepção e esta foi a grande contribuição de Frederick Perls e que deu origem a Gestalt-terapia.
De acordo com a gestalt, a arte se funda no princípio da pregnância da forma. O importante é perceber a forma por ela mesma; vê-la como "todos" estruturados, resultados de relações.
A gestalt após sistemáticas pesquisas, apresenta uma teoria nova sobre o fenômeno da Percepção. Segundo esta teoria o que acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na retina. A excitação cerebral não se dá por pontos isolados, mas por extensão. A primeira sensação já é de forma, já é global e unificada.
O postulado da gestalt no que se refere as relações psicofisiológicas pode ser definido como: todo processo consciente, toda forma psicológicamente percebida, está estreitamente relacionada com as forças integradoras do processo fisiológico cerebral. A hipótese da gestalt para explicar a origem dessas forças integradoras, é atribuir ao sistema nervoso central, um dinamismo auto-regulador que, à procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em todos coerentes e unificados.
Essas organizações, originárias da estrutura cerebral, são espontâneas, independente da nossa vontade. Na realidade a Psicologia da Gestalt não tentou integrar os fatos da motivação com os fatos da percepção e esta foi a grande contribuição de Frederick Perls e que deu origem a Gestalt-terapia.
Homens 'emburrecem' diante de loiras?
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/11/071119_louraburra_ba.shtml
BBCBrasil.com | Reporter BBC | Homens 'emburrecem' diante de loiras, sugere estudo
Eesta reportagem nos faz pensar na importância de questionarmos sobre os conceitos que temos sobre as coisas, construídos através dos ESTERIÓTIPOS sociais. Imagem revela significado que reforça o conceito. Ficar burro perto da imagem da "loira burra", andar devagar perto de idosos, falar alto perto de surdos. Imagina quantas coisas que fazemos e sentimos movidos pelos esteriótipos que não percebemos partilhar.
espero que pensar sobre isto nos ajude a conquistar uma evolução mental e uma maior liberdade de espírito.
Valeu prof. Silvia
BBCBrasil.com | Reporter BBC | Homens 'emburrecem' diante de loiras, sugere estudo
Eesta reportagem nos faz pensar na importância de questionarmos sobre os conceitos que temos sobre as coisas, construídos através dos ESTERIÓTIPOS sociais. Imagem revela significado que reforça o conceito. Ficar burro perto da imagem da "loira burra", andar devagar perto de idosos, falar alto perto de surdos. Imagina quantas coisas que fazemos e sentimos movidos pelos esteriótipos que não percebemos partilhar.
espero que pensar sobre isto nos ajude a conquistar uma evolução mental e uma maior liberdade de espírito.
Valeu prof. Silvia
Cérebro de pedófilos 'tem padrões diferentes', diz estudo
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070924_cerebropedofilia_fp.shtml
BBCBrasil.com | Reporter BBC |
BBCBrasil.com | Reporter BBC |
Vídeo ambientado numa tela de Escher
http://www.youtube.com/watch?v=hhfhgbmZe9s&eurl=http://desertoresdaescada.com/2006/12/hallucii-escher.html
Vale ver. Muito bom!
Vale ver. Muito bom!
MC ESCHER PINTOR e ILUSIONISTA - Corneteiro
http://my.opera.com/apsantanna/blog/mc-escher-pintor-e-ilusionista
Nesta página pode-se conhecer um pouco da obra deste artista. O site guarda um pequeno banco de imagens de seus desenhos. É para viajar.
Para quem não conhece M. C. Escher foi um desses gênios das artes gráficas que brincou com nossas percepções criando imagens ilusórias e que se metamorfoseiam. Maurits Cornelis Escher, holandês, nasceu em 1898 e morreu em 1972.
Nesta página pode-se conhecer um pouco da obra deste artista. O site guarda um pequeno banco de imagens de seus desenhos. É para viajar.
Para quem não conhece M. C. Escher foi um desses gênios das artes gráficas que brincou com nossas percepções criando imagens ilusórias e que se metamorfoseiam. Maurits Cornelis Escher, holandês, nasceu em 1898 e morreu em 1972.
O cérebro e a linguagem escrita
Olha que sacada legal. Talvez algo diferente pra você. Repense a noção de como o cérebro lê o código fonético da lingua escrita.
Veajm como é intreessnate nsoso céerbro.
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e utmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Sohw de bloa!
Enetdeu?
Veajm como é intreessnate nsoso céerbro.
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e utmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Sohw de bloa!
Enetdeu?
uso contínuo da maconha pode encolher cérebro
Os cientistas usaram exames de imagens obtidas por ressonância magnética para mapear o cérebro de pessoas que haviam admitido fumar mais de cinco cigarros de maconha por dia por um período de pelo menos dez anos e compararam as imagens com as do cérebro de pessoas que nunca usaram a droga.
Os que fumavam maconha regularmente tinham um hipocampo - parte do cérebro envolvida no desenvolvimento de emoção e memória - 12% menor e uma amígdala cerebelar - que tem um papel no controle do medo e da agressão - 7% menor.
Quinze usuários de maconha e 16 pessoas que não fumavam a droga participaram do estudo liderado por Murat Yücel, da Universidade de Melbourne, na Austrália.
"Ainda que o uso moderado não leve a efeitos neurotóxicos significativos, os resultados sugerem que o uso diário em excesso pode ser tóxico ao tecido do cérebro humano", diz o estudo.
Os usuários de maconha também tiveram um pior desempenho em testes de memória verbal - sem uma correlação com o tamanho das partes do cérebro avaliadas - e tinham mais propensão a sintomas leves de doenças psiquiátricas como esquizofrenia.
Publicado na BBCBrasil. 3/06/2008.
Os que fumavam maconha regularmente tinham um hipocampo - parte do cérebro envolvida no desenvolvimento de emoção e memória - 12% menor e uma amígdala cerebelar - que tem um papel no controle do medo e da agressão - 7% menor.
Quinze usuários de maconha e 16 pessoas que não fumavam a droga participaram do estudo liderado por Murat Yücel, da Universidade de Melbourne, na Austrália.
"Ainda que o uso moderado não leve a efeitos neurotóxicos significativos, os resultados sugerem que o uso diário em excesso pode ser tóxico ao tecido do cérebro humano", diz o estudo.
Os usuários de maconha também tiveram um pior desempenho em testes de memória verbal - sem uma correlação com o tamanho das partes do cérebro avaliadas - e tinham mais propensão a sintomas leves de doenças psiquiátricas como esquizofrenia.
Publicado na BBCBrasil. 3/06/2008.
Ato de contar não é inerente a capacidade cognitiva.
Tribo da Amazônia contradiz noção de que contar é capacidade 'inata'
Matéria divulgada na BBCBrasil. 17/07/2008.
Os índios expressam quantidades relativas, não números específicos
A língua falada por uma tribo amazônica que não tem palavras para designar números contradiz a noção de que o ato de contar seria inerente à capacidade cognitiva de seres humanos, afirma um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT).
A língua da tribo Pirahã, que vive às margens do rio Maici, em Rondônia, vem sendo estudada há vários anos por suas características singulares.
No estudo recente, publicado na revista científica Cognition, o professor Edward Gibson afirma que os Pirahã não têm palavras para expressar o conceito de "um" ou de outros números específicos.
Segundo a pesquisa, a tribo teria apenas expressões para designar quantidades relativas, como "muitas", "poucas" ou "algumas".
Segundo Gibson, é comum assumir que contar é uma parte inata da capacidade cognitiva humana, mas "aqui está um grupo que não conta. Eles poderiam aprender, mas não é útil em sua cultura, então eles nunca aprenderam".
"A pesquisa oferece provas de que as palavras que designam números são um conceito inventado pelas culturas humanas conforme a necessidade e não uma parte inerente da linguagem", disse Gibson.
Experimento
A pesquisa partiu de um estudo publicado em 2005 pelo lingüista Dan Everett, que viveu com os índios Pirahã entre 1997 e 2007.
A pesquisa de Everett dizia que a tribo tinha palavras para expressar a quantidade "um”, "dois" e "alguns".
Gibson, no entanto, fez um experimento no qual a equipe apresentava um objeto ao índio e adicionava um novo objeto de cada vez até completarem 10.
Durante o processo, os pesquisadores pediam para que os índios contassem quantos objetos estavam expostos.
A equipe observou que a palavra que anteriormente foi identificada como se representasse o número "um" foi usada pelos Pirahã para expressar qualquer quantidade entre um e quatro.
Além disso, a palavra antes associada ao número "dois" foi usada pelos índios quando cinco ou seis objetos estavam expostos.
"Essas não são palavras para contar números. Elas significam quantidades relativas", afirmou Gibson.
Segundo ele, essa estratégia de contagem não havia sido observada antes, mas poderia ser encontrada em outras línguas na qual se usam as palavras um, dois e alguns para se contar.
A pesquisa de Gibson faz parte de um amplo projeto que investiga a relação entre a cultura da tribo Pirahã com sua cognição e linguagem, com base nos estudos do lingüista Dan Everett.
Tribo da Amazônia põe em xeque teoria de Chomsky
Matéria divulgada na BBCBrasil. 17/07/2008.
Descobertas de Everett foram descritas em artigo da "New Yorker"
Um americano que pesquisa desde os anos 70 uma tribo da Amazônia afirma que a língua falada pelos índios que analisou coloca em xeque uma teoria elaborada pelo famoso lingüista Noam Chomsky sobre uma regra que rege todas as línguas faladas no mundo.
O lingüista Dan Everett e sua mulher estudaram a tribo Pirahã, que vive às margens do rio Maici, em Rondônia, e fala uma língua que aparentemente não é relacionada a nenhuma outra.
Um artigo sobre a tribo Pirahã, descrevendo a descoberta de Everett, foi publicado na última edição da revista americana The New Yorker.
Segundo Everett, os Pirahã não demonstram fazer uso de um recurso lingüístico que consiste em inserir uma frase dentro de outra do mesmo tipo, como quando o narrador combina pensamentos ("o homem caminha pela rua", "o homem está usando uma cartola") em uma única sentença ("O homem que está usando uma cartola está caminhando pela rua").
Chomsky argumenta que esse recurso é um marco comum a todos os idiomas.
"Bomba"
Steven Pinker, cientista da Universidade de Harvard, afirma que a teoria de Everett é "uma bomba atirada em uma festa" e, durante meses, foi discutida nos meios acadêmicos.
Everett, que já foi discípulo de Chomsky, insiste que não apenas os Pirahã são um "exemplo contrário" à sua teoria de Gramática Universal, mas também que não são um caso isolado.
"Acredito que uma das razões de não termos encontrado outros grupos como este é porque, simplesmente, nos falaram que não era possível", disse.
Os Pirahã usam apenas oito consoantes e três vogais. Por outro lado, seu idioma possui grande variedade de tons, sílabas longas e sílabas fortes.
Fonemas complexos
Os índios podem usar estes recursos com vogais e consoantes juntas, cantando, cantarolando baixo ou assobiando conversas inteiras.
Mas os Pirahã não possuem palavras para designar números ou quantidades – termos como "tudo", "cada um", "cada", "muito" ou "pouco" -, algo que era considerado comum a todas as línguas.
Lingüistas acreditam que tais termos são blocos comuns, básicos, do conhecimento humano.
A língua da tribo também não tem nenhum termo fixo para cores, não tem tempos verbais perfeitos, e os índios não têm tradição em artes ou desenho.
Os fonemas (os sons que constroem as palavras) da linguagem dos Pirahã são extremamente difíceis, com sons lamentosos nasais, respirações curtas e precisas e sons feitos com estalos ou simplesmente por bater os lábios.
A natureza tonal do idioma também confunde: o significado das palavras depende de mudanças de volume. Por exemplo: as palavras para "amigo" e "inimigo" diferem apenas no volume de uma única sílaba.
Matéria divulgada na BBCBrasil. 17/07/2008.
Os índios expressam quantidades relativas, não números específicos
A língua falada por uma tribo amazônica que não tem palavras para designar números contradiz a noção de que o ato de contar seria inerente à capacidade cognitiva de seres humanos, afirma um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT).
A língua da tribo Pirahã, que vive às margens do rio Maici, em Rondônia, vem sendo estudada há vários anos por suas características singulares.
No estudo recente, publicado na revista científica Cognition, o professor Edward Gibson afirma que os Pirahã não têm palavras para expressar o conceito de "um" ou de outros números específicos.
Segundo a pesquisa, a tribo teria apenas expressões para designar quantidades relativas, como "muitas", "poucas" ou "algumas".
Segundo Gibson, é comum assumir que contar é uma parte inata da capacidade cognitiva humana, mas "aqui está um grupo que não conta. Eles poderiam aprender, mas não é útil em sua cultura, então eles nunca aprenderam".
"A pesquisa oferece provas de que as palavras que designam números são um conceito inventado pelas culturas humanas conforme a necessidade e não uma parte inerente da linguagem", disse Gibson.
Experimento
A pesquisa partiu de um estudo publicado em 2005 pelo lingüista Dan Everett, que viveu com os índios Pirahã entre 1997 e 2007.
A pesquisa de Everett dizia que a tribo tinha palavras para expressar a quantidade "um”, "dois" e "alguns".
Gibson, no entanto, fez um experimento no qual a equipe apresentava um objeto ao índio e adicionava um novo objeto de cada vez até completarem 10.
Durante o processo, os pesquisadores pediam para que os índios contassem quantos objetos estavam expostos.
A equipe observou que a palavra que anteriormente foi identificada como se representasse o número "um" foi usada pelos Pirahã para expressar qualquer quantidade entre um e quatro.
Além disso, a palavra antes associada ao número "dois" foi usada pelos índios quando cinco ou seis objetos estavam expostos.
"Essas não são palavras para contar números. Elas significam quantidades relativas", afirmou Gibson.
Segundo ele, essa estratégia de contagem não havia sido observada antes, mas poderia ser encontrada em outras línguas na qual se usam as palavras um, dois e alguns para se contar.
A pesquisa de Gibson faz parte de um amplo projeto que investiga a relação entre a cultura da tribo Pirahã com sua cognição e linguagem, com base nos estudos do lingüista Dan Everett.
Tribo da Amazônia põe em xeque teoria de Chomsky
Matéria divulgada na BBCBrasil. 17/07/2008.
Descobertas de Everett foram descritas em artigo da "New Yorker"
Um americano que pesquisa desde os anos 70 uma tribo da Amazônia afirma que a língua falada pelos índios que analisou coloca em xeque uma teoria elaborada pelo famoso lingüista Noam Chomsky sobre uma regra que rege todas as línguas faladas no mundo.
O lingüista Dan Everett e sua mulher estudaram a tribo Pirahã, que vive às margens do rio Maici, em Rondônia, e fala uma língua que aparentemente não é relacionada a nenhuma outra.
Um artigo sobre a tribo Pirahã, descrevendo a descoberta de Everett, foi publicado na última edição da revista americana The New Yorker.
Segundo Everett, os Pirahã não demonstram fazer uso de um recurso lingüístico que consiste em inserir uma frase dentro de outra do mesmo tipo, como quando o narrador combina pensamentos ("o homem caminha pela rua", "o homem está usando uma cartola") em uma única sentença ("O homem que está usando uma cartola está caminhando pela rua").
Chomsky argumenta que esse recurso é um marco comum a todos os idiomas.
"Bomba"
Steven Pinker, cientista da Universidade de Harvard, afirma que a teoria de Everett é "uma bomba atirada em uma festa" e, durante meses, foi discutida nos meios acadêmicos.
Everett, que já foi discípulo de Chomsky, insiste que não apenas os Pirahã são um "exemplo contrário" à sua teoria de Gramática Universal, mas também que não são um caso isolado.
"Acredito que uma das razões de não termos encontrado outros grupos como este é porque, simplesmente, nos falaram que não era possível", disse.
Os Pirahã usam apenas oito consoantes e três vogais. Por outro lado, seu idioma possui grande variedade de tons, sílabas longas e sílabas fortes.
Fonemas complexos
Os índios podem usar estes recursos com vogais e consoantes juntas, cantando, cantarolando baixo ou assobiando conversas inteiras.
Mas os Pirahã não possuem palavras para designar números ou quantidades – termos como "tudo", "cada um", "cada", "muito" ou "pouco" -, algo que era considerado comum a todas as línguas.
Lingüistas acreditam que tais termos são blocos comuns, básicos, do conhecimento humano.
A língua da tribo também não tem nenhum termo fixo para cores, não tem tempos verbais perfeitos, e os índios não têm tradição em artes ou desenho.
Os fonemas (os sons que constroem as palavras) da linguagem dos Pirahã são extremamente difíceis, com sons lamentosos nasais, respirações curtas e precisas e sons feitos com estalos ou simplesmente por bater os lábios.
A natureza tonal do idioma também confunde: o significado das palavras depende de mudanças de volume. Por exemplo: as palavras para "amigo" e "inimigo" diferem apenas no volume de uma única sílaba.
Cérebro reduz a visão para ouvir melhor, diz estudo.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/11/071105_musica_cerebro_mv.shtml
BBCBrasil.com | Reporter BBC |
Podemos pensar em distribuição de funções e estabelecimento de prioridades.
BBCBrasil.com | Reporter BBC |
Podemos pensar em distribuição de funções e estabelecimento de prioridades.
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