segunda-feira, 20 de abril de 2015

re torno re início ciclos perenes permanentes

Nada significativo a dizer.
Não, importante talvez seja a decisão de escrever novamente. De novo. Franco, tanto faz se branco, mas sincero e próximo do meu verdadeiro.

assim sou
silvia gimeno

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

racismo na cultura

Cultura envenena cérebro com racismo.
Matéria publicada na HypeSciense. 4/10/2011.
Durante anos, cientistas sociais descobriram uma verdade inquietante. Não importa quão igualitária uma pessoa pretende ser, a sua mente inconsciente possui alguns pensamentos racistas ou sexistas.
Mas um novo estudo descobriu que isso pode dizer menos sobre a pessoa individualmente e mais sobre a cultura que a envolve.
A pesquisa descobriu que as pessoas são rápidas em associar pares de palavras que evocam estereótipos (por exemplo, “negro – pobre” ou “negro – imbecil”), mas essa tendência é baseada não no sentido social das palavras, mas na probabilidade das palavras que aparecem juntas na literatura e na mídia.
Ou seja, este preconceito implícito é mais influenciado pela cultura do que por qualquer maldade inata da pessoa.
Há uma ideia de que as pessoas tendem a associar os negros com a violência, mulheres com fraqueza, ou pessoas mais velhas com o esquecimento, porque elas são preconceituosas. Mas há outra possibilidade de que o que está em sua cabeça não é somente sua ideia, mas a cultura em torno de você. O seu conteúdo é, em grande parte, aquilo que você absorveu da leitura, do rádio, da televisão, da internet…
Nos estudos, as pessoas deveriam associar pares de palavras que trazem à mente alguns estereótipos. “Feminino” e “fraco” são mais rapidamente associados do que “feminino” e “mundano”, por exemplo. Esse preconceito implícito é diferente dos preconceitos explícitos, que os psicólogos indentificam perguntando às pessoas como elas se sentem em relação à diversos grupos sociais.
Mas a raiz do preconceito implícito não estava clara. De fato, as pessoas podem associar pares de palavras porque viram o significado compartilhado dentro deles – eles realmente pensam em “negro” e “pobres” como termos coincidentes. Mas as pessoas também podem ligar as duas palavras porque elas simplesmente veem as palavras juntas na literatura e na mídia com mais frequência do que as palavras “negro” e “imbecil”.
Os pesquisadores testaram a teoria, dando a 104 alunos de graduação um dos três testes. No primeiro, o estudante viu duas palavras brilharem na tela do computador, uma após a outra, e depois tinha que dizer se a segunda palavra era uma palavra real. No segundo, as palavras também apareciam como flash na tela e o participante devia classificar se a segunda palavra era positiva ou negativa. O terceiro experimento foi idêntico, mas os alunos foram questionados se as duas palavras eram relacionadas.
Os pares de palavras eram uma mistura de termos estereotipados sobre os homens, mulheres, negros, brancos, jovens e velhos. Alguns dos pares incluídos eram palavras sem sentido também.
Em todos os três experimentos, um menor tempo de reação à resposta para uma pergunta indica uma ligação mais estreita entre as duas palavras no cérebro. Como em outros estudos, os participantes foram mais rápidos em reagir a pares de palavras que provocaram estereótipos.
Mas esta experiência tinha um outro nível: os pesquisadores analisaram os resultados usando um programa de computador chamado BEAGLE. Este programa contém uma amostra de artigos de livros, revistas e jornais, cerca de 10 milhões de palavras no total, imitando a quantidade média de leitura que um estudante universitário deve ter feito em sua vida.
O programa analisa todas as palavras, incluindo a frequência com que duas palavras aparecem próximas umas das outras.
Comparando os resultados, o BEAGLE confirmou que, de fato, as palavras que aparecem mais frequentemente em conjunto no mundo real são o gatilho para uma reação mais rápida em laboratório. Isto é válido para estereótipos positivos e negativos, como “masculino – forte” e “feminino – fraco”, mas também para os pares completamente neutros, como “verão – ensolarado”.
Também não houve relação entre os preconceitos implícitos das pessoas, medidos pelo tempo de reação, e seu racismo explícito, medido através de questionários.
Isto mostra que pelo menos parte do suposto racista ou sexista dentro de todos nós é, na verdade, um monstro que não é de nossa própria fabricação, construído a partir de contatos com o nosso meio ambiente.
Embora limitada à população em idade universitária, os pesquisadores afirmam que os resultados pintam um retrato do preconceito como um ciclo doloroso: o pensamento preconceituoso gera discurso preconceituoso, que é então internalizado para gerar o pensamento ainda mais preconceituoso.
Mas, claro, a cultura não é desculpa para o racismo já que a influência da sociedade sobre seus indivíduos não os isenta de suas responsabilidades pessoais.
E, como sugere o estudo, fazer as correções políticas poderia ser uma boa ideia para não colocar esses estereótipos lá fora e incentivar mais a intolerância

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Teorias científicas e crenças populares sugerem que nosso cérebro se deteriora com a idade, tornando-se menos capaz de tomar decisões fundamentadas. Mas, na verdade, a velhice pode ser sinônimo de sabedoria. Cientistas provaram que as pessoas com mais de 55 anos usam seus cérebros com muito mais eficiência do que as pessoas mais jovens. Pesquisadores do Canadá descobriram que anos de experiência de vida faz com que cérebros mais velhos sejam tão eficazes quando se trata de tomada de decisão quanto o de seus colegas mais jovens. As pessoas mais velhas se incomodam menos com cometer um erro, e usam seus cérebros de forma mais seletiva do que as mentes mais jovens, apenas envolvendo certas partes no momento preciso em que são necessárias. Os cientistas do Instituto de Geriatria da Universidade de Montreal estudaram 24 jovens com idades entre 18 e 35 anos, ao lado de um grupo de 10 idosos com idades entre 55 a 75 anos. Os participantes completaram uma série de tarefas cada vez mais difíceis, enquanto os pesquisadores monitoravam sua atividade cerebral. Os resultados de exames de neuroimagem mostraram que os cérebros jovens e idosos reagiam de maneira muito diferente quando ouviam que tinha cometido um erro em um exercício. Enquanto os jogadores mais jovens instantaneamente ativavam diversas áreas de seus cérebros, os participantes mais velhos “lutavam” contra o erro e mantinham as partes relevantes do seu cérebro dormentes até a próxima tarefa. O autor do estudo, Oury Monchi, disse que o experimento foi uma prova de que a sabedoria vem com a idade. “Quando se trata de determinadas tarefas, os cérebros de adultos mais velhos podem ter o mesmo desempenho que os de mais jovens”, acrescentou. Ele disse que as descobertas se assemelham ao conto da lebre e da tartaruga, a fábula em que o concorrente mais lento, mas mais cauteloso, ganha a corrida. “Já se sabia que o envelhecimento não é necessariamente associado a uma perda significativa na função cognitiva. Quanto mais velho, mais experiência tem o cérebro, que sabe que nada se ganha com pressa”, argumentou Monchi Matéria publicada no Hype sciense.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VINGANÇA sentimento. Raiva emoção.



Quando alguém lhe faz algum mal, parece não haver sensação melhor do que dar o troco, não é mesmo? Mas será que a vingança é realmente tão doce quanto parece?

Na verdade, é; pelo menos, no começo. “Quando as pessoas se vingam, há realmente uma sensação de alívio e até mesmo uma liberação de serotonina e oxitocina no cérebro que faz você se sentir melhor”, diz a professora de estudos internacionais e da mulher Mia Bloom.

Não é preciso atirar na cara de alguém para ser feliz. Mesmo que o ato de vingança seja tão simples como se aproximar de uma pessoa para conversar, ignorar um e-mail ou sabotar o projeto de um colega de trabalho, a “revanche” pode ser simplesmente satisfatória.

Bloom estudou a participação feminina no mundo dos grupos terroristas. Segundo ela, as mulheres geralmente recorrem a atos de terrorismo e atentados suicidas por cinco motivos: vingança, redenção, respeito, relacionamento e estupro.

Os atos violentos muitas vezes não são para satisfação pessoal. Na maioria das vezes, eles são altruístas ou uma maneira de se vingar de injustiças feitas aos seus familiares, comunidades ou religião.

Embora a execução de uma trama de vingança realmente nos faça sentir melhor por causa da reação química em nosso cérebro, Bloom diz que também tem um lado negativo.

“Cria um ciclo de violência”, explica. “No momento em que uma pessoa exige vingança, há uma resposta e outra resposta. A violência nunca é uma solução, porque se torna interminável”, conta.

Bloom entrevistou dezenas de mulheres que cometeram ou tentaram cometer atos violentos, incluindo mulheres católicas na
Irlanda, mulheres hindus no Sri Lanka e mulheres americanas recrutadas para ir para o Iraque e para o Afeganistão. Depois de procurar vingança, essas mulheres muitas vezes experimentam altos níveis de culpa, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e outras formas de trauma.

“Elas expressam pesar”, afirma Bloom. “Uma bombardeira que falhou disse que foi ao mercado, mas viu crianças, e simplesmente não podia cruzar essa linha. É muito difícil tirar outra vida, não importa quem seja essa pessoa ou o que ela tenha feito”, diz.

Postado por Natasha Romanzoti, no Hipescience.

FAÇA um comentário escrevendo quando foi a última vez que você se vingou?
Como você se sentiu?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

domingo, 22 de março de 2009

Música ocidental é universal, pois expressa emoções

Matéria publicada na BBC Brasil. 20/03/2009
A linguagem da música ocidental é universal e pode ser entendida mesmo por aqueles que nunca escutaram uma música na vida, segundo um estudo publicado nesta semana.

No estudo, nativos africanos que nunca haviam escutado rádio na vida foram capazes de reconhecer emoções como felicidade, tristeza ou medo expressadas em músicas ocidentais.

Segundo os pesquisadores, as expressões de emoção são uma característica típica da música ocidental, e a capacidade da música de expressar emoções é comumente vista como um requisito para a sua apreciação.

Em outras culturas, porém, a música seguiria outras características, como a capacidade de coordenação grupal em rituais, o que a tornaria menos reconhecível para outros indivíduos de fora do grupo.

"Nossas conclusões explicam por que a música ocidental tem tanto sucesso na distribuição musical global, mesmo em culturas musicais que não enfatizam de maneira tão forte o papel das emoções em sua música", afirma um dos autores da pesquisa, Thomas Fritz, do Instituto Max-Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro, da Alemanha.

Indivíduos isolados

O objetivo do estudo era descobrir se os aspectos de emoção da música ocidental poderiam ser apreciados por pessoas que nunca haviam tido contato com esse tipo de música.

Os pesquisadores escolheram membros da tribo Mafa, um grupo de 250 indivíduos que vivem isolados no extremo norte das montanhas Mandara, nos Camarões.

O estudo comparou a reação desses indivíduos e de ocidentais à música ocidental e mostrou que ambos os grupos podiam reconhecer de maneira semelhante expressões de emoção como felicidade, tristeza e medo na música.

Os dois grupos se baseavam em características semelhantes das músicas para avaliá-las - a marcação do tempo e a forma -, apesar de esse padrão ter sido mais acentuado entre os ocidentais.

Os pesquisadores também testaram a reação dos indivíduos a músicas alteradas e concluíram que ambos os grupos consideraram as versões originais melhores do que as versões modificadas.

Para os autores, isso ocorre provavelmente porque os sons alterados tinham uma maior dissonância sensorial.

"Tanto os ouvintes do grupo Mafa quanto os ocidentais mostraram uma habilidade para reconhecer as três expressões básicas de emoções das músicas ocidentais testadas no estudo", dizem os pesquisadores na última edição da revista especializada Current Biology.

"Isso indica que essas expressões de emoção manifestadas pela música ocidental podem ser universalmente reconhecidas, de maneira semelhante ao reconhecimento amplamente universal das expressões faciais humanas e da prosódia (ritmo, entonação e ênfase do discurso) emocional", concluem.

domingo, 1 de março de 2009

Mapearam a Inveja no cérebro - BBCBrasil 17/02/09



"Pesquisadores japoneses identificam área do cérebro ligada à invejaEwerthon Tobace
De Tóquio para a BBC Brasil
Uma equipe de cientistas japoneses conseguiu identificar a região do cérebro que controla o sentimento de inveja. A descoberta poderá ajudar os profissionais da área de saúde a lidar melhor com pessoas que sofrem do problema.
"A inveja pode levar uma pessoa a praticar um ato destrutivo e até criminoso para conseguir o que deseja", explicou Hidehiko Takahashi, 37 anos, pesquisador-chefe do Departamento de Neuroimagem Molecular do Instituto Nacional de Ciência Radiológica, localizado no subúrbio da capital japonesa.
"Ao entendermos como funciona esse mecanismo neurocognitivo poderemos prevenir e tratar esse tipo de conduta", disse o cientista à BBC Brasil.
Cérebros monitoradosA pesquisa, que durou um ano e meio, estudou o comportamento de 19 pessoas em boas condições de saúde. Durante os experimentos, eles tiveram os cérebros monitorados por aparelhos de ressonância magnética.
"Antes de monitorarmos as atividades cerebrais, pedíamos aos participantes para se imaginarem integralmente nas situações descritas, como se fossem reais e estivessem acontecendo com eles", explicou Takahashi.
As pessoas eram induzidas a imaginar um cenário que envolvia outras três personagens. Duas delas seriam hipoteticamente mais capazes e inteligentes do que os voluntários da pesquisa.
Quando os voluntários sentiam inveja, a parte do córtex dorsal anterior do cérebro era ativada. "Pessoas muito invejosas tendem a ter uma grande atividade nessa região do cérebro, que é responsável pela dor física e também é associada à dor mental", contou o pesquisador.
Os cientistas também perceberam que outra parte do órgão, o corpus striatum, que é associado a sentimento de alegria ao recebermos um prêmio, por exemplo, era também estimulado quando as cobaias liam um capítulo que descrevia problemas com outras personagens.
Segundo os especialistas, isto indica que as pessoas invejosas sentem mais prazer com a desgraça alheia.
O resultado da pesquisa foi publicado na última edição do American Journal of Science."